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Há uns meses foi–me solicitada colaboração para um
blog de uma empresa ligada às Artes Plásticas. Referi logo que a
minha intervenção, a acontecer, nunca assumiria a forma de um discurso
com profundo suporte teórico. Havia coisas sobre que poderia escrever,
mas num registo muito ligeiro. Quais, ver-se-ia com o passar do tempo.
Tendo aceitado, vencida uma certa resistência
inicial, eu próprio fiquei surpreendido com a facilidade, inesperada,
com que me foram surgindo temas. Em pouco mais de dois meses, escrevi
dez pequenos textos, dos quais 2 ainda foram publicados.
O tempo foi passando e nunca houve qualquer
explicação por parte de quem me abordara
sobre a não utilização dos restantes textos. Acabei por ser eu a
tomar a iniciativa de me libertar de quaisquer compromissos.
Aqui apresentam-se, assim, os oito textos que não
foram abrangidos pelo projecto inicial. Em geral, parti de alguém ou
algum trabalho que admiro ou me estimula. Procurei, sempre que possível,
integrar uma ou outra face da actividade que eu próprio tenho
desenvolvido ao longo dos anos. Uma coisa é certa. Estamos a falar de
apontamentos despretensiosos
que, no entanto, procuram veicular alguma informação, de um modo mais ou
menos atractivo e caracterizado por alguma originalidade.
Maria Estela Guedes foi muito generosa no
acolhimento que lhes fez. Conta por isso com a minha gratidão, para além
da minha grande admiração.
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Francisco José Craveiro de Carvalho (Portugal).
Licenciou-se em Matemática na Universidade de Coimbra. Doutorou-se, mais
tarde, com uma tese em Topologia e Geometria, sob a supervisão de Stewart Alexander Robertson, Southampton University, U. K.. Assume uma posição de alguma marginalidade em
relação à divulgação daquilo que escreve. Traduziu poemas de Carl
Sandburg, Jane Hirshfield, Jennifer Clement, Linda Pastan, Rita Dove...,
publicados em opúsculos discretos, que circularam entre os seus amigos. |