espelhos molhados, crateras
vivas,
rumores de orvalho na pedra,
o som calcinado dos martelos
delirantes...
ah! esta película fluvial
por onde a vida ascende
como uma electricidade de ritos
concretos.
e tudo se coloca em redor
para que a paisagem se disperse
pelos labirintos da casa
e erga , altiva, perfurando as
cabeças
até atravessar os cântaros e
cegar as víboras,
enquanto as mãos giram,
fervilhantes de mel sobre as
facas,
e os corpos estremecem,
redondos,
na combustão absoluta dos
terraços.
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