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REVISTA TRIPLOV
de Artes, Religiões e Ciências
nova série | número 35 | janeiro | 2013
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Grinberg, A Argentina
e
Eco contemporáneo
Entrevista de Floriano Martins
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Diário de Cuiabá,
9 de dezembro de 2012 |
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EDITOR |
TRIPLOV |
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ISSN 2182-147X |
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Contacto: revista@triplov.com |
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Dir. Maria Estela Guedes |
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Para o poeta argentino, nos anos 60,
dois eventos foram cruciais: a estreia de La Dolce Vita, de Fellini, e a
eclosão da Bossa Nova, no Rio
O argentino Miguel Grinberg (1937),
poeta e ensaísta, se destaca especialmente como jornalista e promotor
cultural, tendo seu nome vinculado à Contracultura, sobretudo como
editor da lendária revista Eco contemporáneo.
Posteriormente dirigiria duas outras publicações,
Contracultura e Mutantia.
Agora em 2012 publicou um anuário com seus textos, intitulado
Mutantia 25. Nosso colaborador
Floriano Martins realizou esta entrevista em 2009, agora ao dispor dos
leitores de DC Ilustrado.
FLORIANO MARTINS: Eco contemporáneo
é das revistas mais consistentes em termos de conteúdo de sua época. A
opção por uma pauta de ensaios, enquetes e manifestos funcionou bem como
complemento à opção por um destaque à poesia nas demais revistas. Como
surge Eco contemporáneo e
qual sua repercussão internacional?
MIGUEL GRINBERG: Minha revista foi o resultado de uma progressão de
acontecimentos que foram se entrelaçando em minha vida a partir de 1957,
quando eu tinha 20 anos. Cursava o terceiro ano da Faculdade de Medicina
de Buenos Aires e a vida universitária de então, sob um governo militar,
era existencialmente chata e culturalmente medíocre: estava
politicamente dividida entre os dois antiperonismos daquela época, o
católico e o comunista. Eu me refugiava quase diariamente no consumo de
filmes, especialmente cinema de arte. Quando criança, minha mãe me havia
inscrito no Liceu Britânico, e eu dominava o idioma inglês. Lia como
louco as revistas norte-americanas que conseguia nas bancas da rua
Florida: Time, Life, Newsweek, Look.
Foi assim que me inteirei da aparição da Geração Beat nos Estados Unidos
e dos Angry Young Men na Inglaterra. Lia também O Cruzeiro do
Brasil, Ercilla do Chile e Bohemia de Cuba. Era uma
febre: por fora da superficialidade comercial da época senti o
nascimento de algo novo. Através da livraria inglesa Pigmalion consegui
On the road, de Jack Kerouac, e Howl, de Allen
Ginsberg. Em 1958 larguei a universidade e me pus a estudar artes
cênicas na escola da Sociedade Hebraica. Uma companheira me apresenta a
obra de Albert Camus: fiquei alucinado com O Homem Revoltado.
Meti-me no movimento de teatro independente, então potentíssimo. Em 1959
traduzi uns poemas de Ginsberg e escrevi para a editora City Lights, de
São Francisco, pedindo permissão para publicá-los em revistas
literárias. O próprio poeta me respondeu, do Tanger, e nos tornamos
amigos por correio. Começaram a ser conhecidos na zona do Rio de Prata
os filmes de Ingmar Bergman. Avançava a Revolução Cubana. Os chineses
invadiram o Tibet. Descobri Pablo Neruda. E escrevi meus primeiros
poemas. Em seguida apareceu a Nouvelle Vague do cinema francês. Em 1960
tivemos dois eventos cruciais: a estreia de La Dolce Vita, de
Federico Fellini e, em setembro, a eclosão da Bossa Nova, no Rio de
Janeiro. Meu querido amigo Zito decidiu ir a Nova York, para estudar no
Actor’s Studio. Perseguindo jovens atrizes eu me havia tornado amigo de
um talentoso escritor desconhecido, Antonio Dal Masetto, também ele
enamorada da bossa brasileira. Ao final de 1960 nós dois pusemos o “pé
na estrada” e passamos a noite do Ano Novo acampados nas Cataratas do
Iguaçu. Uma semana depois chegamos ao Rio de Janeiro: nos deram
alojamento na Casa do Estudante do Brasil, a curta distância do
aeroporto Santos Dumont. Conheci alguns poetas cariocas, dentre eles
Walmir Ayala. Almoçava por dois cruzeiros em um restaurante estudantil
chamado O Calabouço. Com permissão especial do delegado local fomos os
primeiros a dormir em uma barraca na praia de Paquetá. Depois permaneci
três meses ancorado na praia de Ipanema, enamorado de uma pintora,
incluindo o Carnaval. Regressei a Buenos Aires alucinado, com livros de
Drummond de Andrade e Clarice Lispector, e muitos discos. Havia
descoberto o movimento Nadaísta da Colômbia, novos poetas peruanos,
mantinha correspondência com Lawrence Ferlinghetti e LeRoi Jones. Travei
amizade com o mestre surrealista Aldo Pellegrini. Procurei publicar todo
esse material em revistas de Buenos Aires, porém tanto as publicações
“de esquerda” como “de direita” manifestaram desprezo pelas novas
correntes latino-americanas. Eco contemporáneo nasceu em uma
noite de primavera em um bar junto ao cine de arte Lorraine e em frente
ao Teatro Municipal (Avenida Corrientes) quando, juntamente com Dal
Masetto e Juan Carlos de Brasi (um estudante de filosofia), decidimos
fazer nossa própria revista. Surgiu então ao final de 1961.
FM: Quais antecedentes de Eco contemporáneo poderiam
ser localizados na Argentina?
MG: Não havia nada parecido ao que nós fazíamos. Exceto dois grupos
literários que também haviam sintonizado a freqüência da poesia “Beat” e
que a traduziram e publicaram em suas edições: Aguaviva (com os
poetas Eduardo Romano, Susana Thénon e Alejandro Vignati) e Airón
(com escritores como Lenadro Katz, Eduardo Costa, Marta Teglia e Basilia
Papastamatiu), publicaram a primeira tradução de Uivo.
FM:Mencionaste o nome de Aldo Pellegrini. Ele e os demais poetas
surrealistas. Qual relação mantinhas com esses poetas e suas revistas?
MG: Aldo era um ser excepcional, vivia poeticamente e me premiou com sua
amizade durante as tertúlias dos sábados pela manhã na livraria francesa
Galatea. Para ali confluíam para conversar muitos poetas, em particular
os integrados ao grupo Poesía Buenos Aires, já ativos desde os anos 50:
Raúl Gustavo Aguirre, Rodolfo Alonso, Enrique Molina, Edgar Bayley… e
muitos outros como Mario Trejo, Franco Mogni. Pessoalmente, a mim não me
atraía o Surrealismo, por questões ideológicas: não me interessava
Europa, e sim América. Li os manifestos de Breton e senti que repudiava
um mundo alheio à minha natureza americana. Eu o vivi como algo de outro
planeta. No entanto, Aldo me indicou leituras cruciais, como Antonin
Artaud e Arthur Rimbaud, que eram “iracundos” à sua maneira. Em seus
últimos anos Aldo criou a Livraria do Dragão no centro de Buenos Aires,
e eu o visitava com freqüência. Seu setor de poesia do mundo era
sensacional. Surrealistas foram nossas conversas.
FM: O número inicial de Eco contemporáneo
é já um forte exemplo da qualidade da revista e, sobretudo, de sua
conexão com os acontecimentos mais importantes em todo o continente.
Desde a enquête sobre o ambiente político-ideológico latino-americano,
passando pelo depoimento de LeRoi Jones sobre sua visita a Cuba, a
declaração dos nadaístas sobre o Congresso de Escrivões Católicos, até o
panorama da poesia brasileira anotado por Walmir Ayala. O parágrafo
inicial do primeiro editorial assim declara: “A América nunca foi
América. Não somente porque não a deixaram desenvolver-se, mas sim
também porque sempre a tergiversaram.” Vamos dar um salto no tempo e
trazer para os dias de hoje esta afirmação. Qual a sua atualidade?
MG: Querido poeta: há 50 anos nosso destino continental estava dando
seus primeiros brotos geracionais, como um jardim jovem em meio a
mausoléus e ruínas ideológicas. No mesmo momento em que encadernávamos
Eco contemporáneo em todas as grandes cidades da América Latina
havia jovens poetas que faziam o mesmo, impulsionados pela mesma paixão,
o mesmo amor fraternal. Em meados de 1961 começamos a permutar revistas,
cartas e poemas por correio. Segue sendo totalmente atual (potenciado
pela Internet) porque a confluência das Américas precisou sempre de
poesia, porém também de arte, espiritualidade, ecologia e – agora mesmo
– de uma visão política e profética. Durante décadas foi uma semeadura
artesanal. Hoje temos que fecundar as almas de povos já maduros para a
grande comunhão americana. É uma boda de evolução revolucionária e um
amanhecer de transcendência coletiva.
FM: Recordo aqui o Movimento Nova Solidariedade e o I Encontro
Americano de Poetas (1964), que foi uma iniciativa tua. Por qual este
encontro se realizou no México e não na Argentina, que seria uma opção
natural, considerando ser teu país e também onde era feita a revista
Eco contemporáneo?
MG: Eco contemporáneo nasceu como “revista interamericana”, não
como revista “argentina”. A grande ponte entre o Norte e o Sul latino
era encarnada no México pela revista El corno emplumado. Quando
fundei o Movimento Nova Solidariedade, em 1962, recebi mais apoios do
exterior do que de meu país. Julio Cortazar aderiu, desde seu exílio na
França, assim como o fizeram Henry Miller e Thomas Merton, dos Estados
Unidos. O México estava a “meio caminho” para todos. E o poeta Efraín
Huerta conseguiu ali o Clube dos Jornalistas como sede do Primeiro
Encontro. Enquanto isto, em Buenos Aires, estávamos sob um regime “de
fato”, depois que o presidente Arturo Frondizi foi deposto e preso na
Ilha de Martín García, a 28 de março de 1962. Foi substituído por um
presidente títere, porém quem mandava eram os militares. Margaret
Randall, Sergio Mondragón e Thelma Nava (de Pájaro cascabel)
organizaram maravilhosamente o encontro. Eu sonhava e eles concretizavam
os sonhos. Poesia pura.
FM: Tenho insistido junto a protagonistas da época, a exemplo de
Margaret Randall, Jotamario Arbeláez, Juan Calzadilla e Ulises Estrella,
a respeito das conexões possíveis entre Surrealismo e Beat Generation.
Inclusive indagando sobre a existência ou não, nos anos 60, do que se
poderia identificar como uma segunda vanguarda, considerando que a
criação artística da época não poderia ser caracterizada como uma
expressão tardia do primeiro momento das vanguardas. Qual a tua opinião
a respeito?
MG: Pessoalmente eu não distingo conexões entre Surrealismo e Geração
Beat durante a década crucial dos ’60 na América Latina. Tanto nas artes
visuais como na poesia houve expressões surrealistas reconhecíveis,
porém meramente individuais, focais: não se constituíram como um
movimento. Trata-se de duas latitudes da mente absolutamente singulares.
O “Beat” está empapado de jazz e de rock. O Surrealismo tratou de não
ser arrastado pela agonia da Europa. O “Beat” é um cerimonial do Novo
Mundo.
Floriano Martins: Houve grupos declaradamente surrealistas, a
exemplo de Mandrágora, no Chile, e Refus Global, no Canadá. E pensando
como expressões individuais (não há outra maneira de se atestar a
grandeza estética de um poeta), o Surrealismo na América Latina revelou
poetas magníficos, a começar pelos argentinos Enrique Molina e Francisco
Madariaga. De qualquer maneira, pelo que me dizes dá-me a impressão de
que consideras que a Beat Generation é o movimento de força em nosso
continente, mais atuante e renovador. É isto?
MIGUEL GRINBERG: Até o final dos anos ’50 o Surrealismo teve uma
presença poética vigorosa em nossa zona do mundo. Porém ao despontar os
anos ’60 a Geração Beat primeiro e, depois o folk de Bob Dylan, e quase
em seguida o rock, marcaram outra atitude e outra sensibilidade. Em
nenhum momento tratamos de ser “beats” como os norte-americanos. O rock
argentino surgiu com personalidade própria. Criamos nossa própria
contracultura. E não ficamos cristalizados na poesia ou na música,
também incorporamos a ecologia e a espiritualidade.
FM: Dentre as cartas publicadas em Eco contemporáneo #
4, destaco uma de Sergio Mondragón que parece ser a súmula de uma
discussão contigo a respeito da dupla face da revolução, ou das relações
entre conhecimento e revolução. Há um trecho em que Mondragón sugere o
que nitidamente seria um ardil, o fato de que a revolução poderia não
passar de um pretexto para gerar a desorientação em termos existenciais.
Conta-me algo acerca do diálogo que então mantinhas com Mondragón a este
respeito.
MG: O impacto da Nova Solidariedade foi tão grande em Cuba que um ano
depois do Encontro no México a Casa das Américas de Havana nos convidou
para ser Jurados do famoso prêmio literário dessa entidade, em fevereiro
de 1965, presidida por Haydeé Santamaría, figura da Revolução. Fomos
Allen Ginsberg, o venezuelano Edmundo Aray, de El techo de la
ballena, o nadaísta Elmo Valencia e o anti-poeta chileno Nicanor
Parra. Ginsberg levou seus discos de Bob Dylan e eu os dos Beatles, os
primeiros que entraram na ilha. Uma tarde, Haydeé me mostrou uma carta
que lhe havia enviado “la creme” dos poetas comunistas da Argentina.
Então me perguntou: “São amigos teus?” Olhei os nomes e respondi: “Eu os
conheço de vista, nada mais”. O texto repudiava minha presença em Cuba,
sustentando que eu “não era representativo”. E tinham razão: sustentei
que eu sou um poeta profético e libertário, e que represento unicamente
a revolução dos corações, ao diabo com a ideologia. Devolvi a carta à
heroína de Sierra Maestra. Ela a rasgou em quatro e a jogou em
um cesto de lixo. Na época, os poetas e prosadores da Casa das Américas
traduziam os “Beats” e os publicavam no suplemento literário do jornal
Lunes de Revolución, enquanto lutavam contra os stalinistas da
União dos Escritores, presidida por Nicolas Guillén. Recordo minha
última reunião com Mondragón (atualmente um especialista em budismo) há
um ano em Buenos Aires, juntamente com Mario Pellegrini (editor, filho
de Aldo) e Leandro Katz. Brindamos com bom vinho e celebramos o
revolucionário ato de seguirmos vivos.
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FM: Com que intensidade e freqüência o Brasil participava de um
cenário tomado por revistas tão expressivas quanto Eco contemporáneo,
El corno emplumado, Rayado sobre el techo,
Nadaísmo, Yugen, El pez y la serpiente,
Pucuna etc.?
MG: Um dia recebi o texto Fronteiras e dimensões do grito, onde
Claudio Willer citava amplamente um manifesto de Ginsberg que traduzi e
publiquei no número 5 de Eco contemporáneo. Demos início ali a
uma amizade que segue até os dias atuais. À distância, recordo que
El corno emplumado se esforçou por publicar poesia brasileira. Em
fevereiro de 1964, pensávamos em fazer o Segundo Encontro no Rio de
Janeiro, com apoio dos poetas locais, a embaixada argentina (onde
trabalhava o poeta Alejandro Vignati, a essa altura incorporado ao nosso
grupo) e a União Nacional dos Estudantes. Porém quando em abril vi no
New York Times a foto do prédio incendidado da UNE, logo após o
golpe militar, soube então que no Cone Sul vinham tempos difíceis.
Eco contemporáneo deixou de ser uma revista literária e passou a
documentar o pensamento transformacional. O Brasil não participou muito
de tudo isto. Depois, entre 1982 (casei com uma brasileira nascida em
Petrópolis) e 2007, vivi parcialmente em Campinas e a história foi
diferente, porém em torno da ecologia social (fui um protagonista da ECO
92, no Rio).
FM: O livro do Willer se chama Anotações
para um apocalipse (1964). O título que mencionas
é do manifesto que integra a edição. Como compreendes a ausência
reincidente do Brasil em um panorama cultural latino-americano?
MG: Não posso falar da América Latina em geral, exceto que os
hispano-americanos têm dificuldade para sintonizar o idioma português.
Porém posso assegurar que o Brasil esteve e está muito presente na
Argentina, a partir da Bossa Nova e da MPB. Os nomes de Carlos Drummond
de Andrade, Thiago de Mello, Vinicius de Moraes, Manuel Bandeira ou João
Cabral de Mello Neto, sempre tiveram eco em nossas revistas literárias.
Mesmo considerando que certamente a difusão poética nunca foi massiva. O
copyright da nula difusão poética brasileira nas capitais do Sul
hispano-falante é exclusividade dos adidos culturais das Embaixadas do
Brasil.
FM: O que levou ao final de Eco
contemporáneo? Quando e por que a revista deixou
de circular?
MG: O ciclo dos ’60 terminou após o Massacre de Tlatelolco (2 de outubro
de 1968) que El corno emplumado condenou, o que obrigou
Margaret Randall a buscar asilo em Cuba com seus três filhos. Anne Mette
Nielsen e Nicolenka Beltrán filmaram, em 2005, um esplêndido
documentário sobre aquela história nossa dos ’60. Eu parei de publicar Eco
contemporáneo em 1969 e de imediato comecei a revista
Contracultura, com Antonio das Mortes nas capas. Depois editei uma
revista de cinema e comecei a fazer programas de rock por rádio, até
começar a edição da revista Mutantia, nos ’80, onde traduzi e
publiquei Willer, Luiz Carlos Maciel, Artur da Távola e outros
pensadores brasileiros. Agora estou compilando, já era hora, um livro
sobre o Movimento Nova Solidariedade. Os manifestos da Geração Beat eu
já os publiquei em um livro intitulado Beat days. A plataforma
contracultural argentina está registrada em meu livro La generación
V. Minha história do rock argentino está contada no livro Como
vino la mano, que já se encontra na 4ª edição. Hoje não publico
revistas, mas sim uma dezena de blogs. |
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Floriano Martins (Ceará, 1957) é poeta, editor, ensaísta e tradutor.
Dirige a Agulha Revista de Cultura (www.revista.agulha.nom.br) e
colabora semanalmente com o DC Ilustrado com uma série de entrevistas
que futuramente reunirá em livro intitulado Invenção da América.
Contato:
arcflorianomartins@gmail.com |
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© Maria Estela Guedes
estela@triplov.com
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