Historiador Manuel Cadafaz de Matos recebeu
na
Academia Portuguesa da História
Prémio “Laranjo Coelho”, de Estudos
Medievais
Na quarta feira,
na Academia Portuguesa da História, o
historiador Manuel Cadafaz de Matos,
especialista em História do Livro e membro
daquela academia, foi beneficiado –
entre
várias distinções atribuídas a outros
investigadores –
com o
Prémio “Prémio “Laranjo Coelho”, de Estudos
Medievais, um dos atribuídos anualmente por
aquela instituição.
Essa distinção
considerou o volume VII das suas
Obras Completas
(em curso de edição), sobre o tema
específico
Da História
Cultural, Social e da Técnicas, à História
da bibliotecas, na Idade Média europeia
(Lisboa, Edições Távola Redonda, 2014).
Na recepção de
tal prémio, numa cerimónia presidida pela
Presidente daquela Academia, Prof. Manuela
Mendonça, o laureado, no uso da palavra,
salientou quanto, ao longo dos seus 40 anos
de carreira de investigação científica, é
devedor à cultura e ao pensamento em França
(desde os tempos medievais aos nossos dias),
país que ainda recentemente foi confrontado
com tão violentos e graves problemas.
Aludiu, ainda, que esta sua nova obra foi
dedicada, na sua produção,
quer ao
Prof. Jacques Le Goff, que recentemente nos
deixou, quer ao Prof. José Mattoso, que
tinha completado então o seu 80º.
aniversário.
Ao Prof. Manuel
Cadafaz de Matos, que também é membro da
Academia de Marinha,
tinha já sido
atribuído, em 2013, por aquela mesma
instituição – pela sua obra
Estudos
Erasmianos, 1987-2012
(Obras
Completas,
vol. 5), o
Prémio
“História
da Europa”, atribuído em colaboração com a
Fundação Calouste
Gulbenkian. Já em Abril passado ele
recebera, das mão de Sua Excelência o
Presidente da República, no Palácio de
Belém, a Ordem Honorífica da Instrução
Pública e o Grau de Comendador, por quatro
décadas de dedicação à pesquisa história e
ao serviço do ensino Superior, em Portugal e
no estrangeiro.
A distinção agora
recebida por este investigador veio
juntar-se a uma outra recebida em França,
em 2009, a
«Médaille (d’Or) du Mérite Francophone».
Tinha-lhe sido
outorgada
por “La Renaissance Française”, sob o alto
patrocínio do Presidente da República de
França e dos Ministérios dos Negócios
Estrangeiros, do Interior, da Defesa e da
Educação Nacional daquele país.
Um
projecto virado para a História do Livro
Árabe na Idade Média
Na mesma
cerimónia, Manuel Cadafaz de Matos revelou
ainda que tem em curso de publicação, para
breve, os resultados das pesquisas de um seu
novo projecto – em articulação com
instituições académicas de França e de
Itália –
centrado
na História do Livro Árabe na Idade Média.
Esse projecto
tem,
como ponto
de partida cronológico,
o século
IX (antes, portanto, de ocorrer a
instauração da nacionalidade portuguesa).
Ele terá em vista o estabelecimeno de uma
história Cultural comparativa entre técnicas
e processos de circulação dos bens
culturais, quer árabes quer cristãos, na
bacia do Mediterrâneo, em particular desde
um período em que Portugal atingiua sua
autonomia política.
Premiado também em Outubro na área
da
História, pela Academia da Marinha
O investigador
que agora beneficiou, naquela Academia, do
referido prémio outorgado pela Fundação
Gulbenkian, também se dedica a trabalhos
históricos
de
Sinologia, em particular na vertente de
história do Livro no império do Meio, de que
é especialista.
O primeiro volume
dos seus
Estudos
Sinológicos
foi votado, numa parte substancial,
ao Pe.
Matteo
Ricci,
e saíu há dois
anos com o título
Italica Monumenta
Sinica.
O segundo desses volmes,
Portugaliae
Monumenta Sinica,
teve o seu ciclo editorial concluído em
Junho passado.
Em 30 de Outubro
último, no XIII Simpósio de História
Marítima, promovido pela Academia da
marinha, foi atribuído ao Prof. Manuel
Cadafaz de Matos, por essa instituição, o
Prémio EDP – História da Missionação e
Encontro de Culturas”.