| Voltarei um dia aos teus 
								olhos e começarei outra vez voltarei com um som oco 
								de metal e sol molhado entre os papéis do tempo 
								procurarei o teu corpo verde e os 
								teus cabelos de uva coroar-te-ei no silencio 
								com a minha boca e as minhas mãos 
								intermináveis 
								Voltarei por ti e 
								pelo teu 
								
								 sangue 
								estrelado vendo a tarde passar 
								como uma sombra antiga algo se quebrará lá em 
								cima e não seremos nós 
								algo arderá 
								repentinamente 
								com o rumor 
								dos teus 
								lençóis E voltarei mais vivo, 
								mais puro, mais faminto 
								e voltarei voando e
								
								
								 rasgando 
								penas farei tudo por ti, em 
								silêncio 
								que 
								até os galos 
								prolongarão a noite ao verem-te despida |