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			(convoco, para a Musa minha, o Arcano e Arcaico da Força feraz)
 
			
 
			O mistério sublunar daquelas noites ameríndias...... 
			O Picasso não estava lá quando eu fui ao corredor. 
			Mesmo que estivesse do Daqui é que eu só queria 
			Porcelanas de chinesa e bancos de trazer por casa...... 
			Porque as malas dos carecas se evolaram no exterior, 
			É clari-fiquei sozinho com minha grande cabeleira... 
			À mesa do café Luiz Pacheco e seus capangas 
			Encostavam as portas no abismo das vaginas; 
			Eu não pude fazer nada, mas daí até talvez 
			Branco-Porto no marítimo desse sempre boa cerveja... 
			Toda a gente a beber leite aos pés de Cristo crucificado, 
			Mil mulheres dançando «punk» na auto-estrada do Estoril, 
			Allen Ginsberg vomitando no prato da criada. 
			«Não me interessa mesmo nada a vida íntima das moléculas», 
			Me disse cedo a garina que estava ali a fumar ópio...... 
			«A mim também não, mas à esquina dos cafés, 
			Há sempre um Schopenhauer que espera por si.» 
			PAULO JORGE BRITO E ABREU |