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As palavras sorvem a luz da fenomenalidade das
rotas do estrangeiro que confortam os braços dos destroços da artesania(
a vidraceira ausenta-se nos osciladores da língua do deserto): dizem que
são as cortaduras de adaga na dialética das trepadeiras das estações
secas sem origem( as OSTRAS dos aforismos movediços enrodilham-se
anestesiadas pelas rédeas dos olhares enfermos rodeados de luminárias em
jejum e o magnetismo da secura indetermina-se nas transmutações das
vozes furtivas que amontoam em si a germinalidade dos ecos inóspitos, os
abecedários dos animais iluminadores de expansividades em fusão
descomunal): dentro do prolongamento dos contrários, da potência do
retorno vitrificado e da errância paroxística, estes arcos de
pedra-dos-larvários absorvem os cultos da reflexividade do indizível
fortemente desfocada pelo fogo inobjectivável: as ciladas
transfronteiriças procuram a indeterminação dos vocábulos arqueológicos
percutidos sob as atonias dos maçadores-de-desaparições( contaminação
dinâmica da celularidade enfeitiçadora das criaturas em deserção e as
absorvências do vidro irrompem nos atravessamentos encantatórios das
faces multiformes, na aventura infinitesimal do holomovimento das
nervuras da artista com lahars-babélicos-multifocais______sem
repouso_____)submersão dos abalos a reabilitarem a escuta vadia da
estética das falanges com erosões insondáveis a provocarem a exaltação
circulante do mundo, das teias das magnitudes dos epicentros da
orfandade: eis as dilacerações em intermitência colossal a fazerem dos
interstícios incicatrizáveis as forças circulatórias dos fósseis
fundidos nos transbordos esfíngicos das áreas atemporais de todas as
forças indiscerníveis: chicotes imprevistos das desescritas
entrecruzadas nos renascimentos móbiles da sedução e das capturas
oscilográficas que nos levam para o estonteamento da ritmicidade
atmosférica dos corpos sismológicos, fortalecidos pela perplexidade dos
raptos intangíveis das cartografias da mestiçagem( os andarilhos das
falas indeterminantes atraiçoam esteticamente as origens de outras vozes
esquecidas nas singraduras ziguezagueantes para interrogarem os
desaparecimentos lúdicos dentro das deformidades e os miasmas dos
alquimistas gritam pela não-pertença das engenheiras giratórias noutras
direcções das pirâmides escalonadas)____sim___o paroxismo das gelosias
desfere as feridas das composições intersticiais com o anonimato das
navalhas pisoteadas entre os moscardos esfomeados e desovados nos pulsos
obsequiosos da vidraceira que é em si uma não-habitação, uma
não-paisagem que recupera o som do fogo invisível com o seu próprio
desnudamento, com a inacessibilidade libertadora de
arrasamentos-cantantes e criadores de tensões soberanas que fazem da
transição dos visitantes um advir-lávico de interrogadores sonâmbulos (
a palavra sem fronteiras tenta percepcionar sua velocidade por meio dos
recomeços desse fogo enregelado, umbroso, destruidor de julgamentos,
rompendo babelicamente gorgulhos uivantes com o núcleo da
inapreensibilidade da vida recuperada pelo abandono do silêncio, pelo
verbo accionador da vidraça feita de falhas subversivamente murmurantes
onde ressurgem os outros rumores dos enfrentamentos da arte conectados
aos cânticos mais interiores que reconhecem os povos desérticos fora de
nós-mesmos_________reinaugurar a negação institual do mundo em
desassossego com o vidro impregnado de trilhas-Aion, de golfadas de
êxodos entrançadores de epifragmas hidrodinâmicas): eis a repercussão
das falanges poliédricas e desorientadas nas suas próprias migrações
onomatúrgicas, no seu próprio silêncio absoluto: eis os pulsos-fluviais
das vocalidades a reiniciarem-se no acabamento da escultura provocadora
de dissipações de vozes sagradas e pulverescentes, sem qualquer
serventia, desfigurando cadafalsos com os batedouros animalizantes de
toda a magia piramidal dos arquitectos dos espaços de
acidentalidades_______tudo se transforma numa personagem irrealizável,
numa inscrição de delírios colectivos incapazes de
dizer___subsolo____nos olhares subversores da vidraceira, porque as
raias e as redobras estão repletas de espelhamentos concomitantemente
inexpressivos e contagiantes: um olhar das forjaduras do deserto que nos
ultrapassa indiscernivelmente porque vivemos nele absolutamente
estranhos-heraclíticos e sem procura( vitrificações suspensas nas
síncopes meteóricas de todos os volteadores que circundam as oficinas da
ausência de nós-mesmos: os assaltos das vozes geográficas tornam-se
sinoidais-ondeantes com fundações em risco caleidoscópico, em risco
silenciador de conexões placentárias, de confabulações sinérgicas: a
vidarceira acontece sempre nas forças invisíveis que vivem dos ecos dos
forasteiros desnorteados): esta dobradura vertiginosa antecipa-nos
adentro da antiguidade ambígena para aquilo que não sabemos, para a
sublimidade da cavalgadura inexplorável onde o corpo se recompõe sob a
plasticização caótica______nada é controlado e acontecemos intraduzíveis
sempre no sussurro prístino de outros pensamentos cheios de erotizações
vidraceiras, de circuitos faiscantes que nos levam para os baques de
alcançar devires sem memorações, apenas sacralizamos a violência das
fissuras das insularidades que as zonas intensivas das bocas da
vidraceira potencializam em forma de extracções contaminadoras de
escreveduras em movimento onomatopaico: pernoitamos longe de nós
próprios trespassados na subsistência do transe-arrebatante da
inoperação-do-mundo_____o fogo evade-se meditabundo____outras
transversões do fogo alçam-se em todas os rumos pigmentados no corpo
surfante da vidraceira com a máxima sumidade-ciclópica: nada lhe cabe,
nada fica encarcerado nos rompimentos do vidro, resta-nos mergulhar
irreflectidamente nas plasticidades urentes: o vidro caóide galopa na
radicalidade e produz multidões na voltagem das línguas, vive deslocado
no que há de vir, porque se nega e prevê permanentemente a sua própria
solidão como um acoplamento selvaticamente divinatório e inexpressivo:
ele sabe que vem do nada, vem do refúgio anterior aos meridianos do
vidro, por isso se escoa isoladamente, oscilando no corpo-fasciculado da
vidraceira, já desviante, sulcada pelos espectros orbiculares que a
reinventam indefinidamente, impulsionando vozes profanadas e sem limites
trans-históricos )_________vejam as peles-de-vidro do jaguar a cerrarem
incrustações falciformes e a esquiarem pântanos dentro de um sol de
alheamentos, de existências codilhadas que projectam sombras
espeleológicas nas matemáticas usurpadoras de devaneios onde repousam as
encarnações iniciantes da vidraceira com a paz nas bordas do abismo, com
os últimos rasgos-espiralados-de-terras-baixas( a vida da inquietação do
fogo jamais repousará nas dobraduras dos percursos e a dispersão
energética faz do espaço verbal a antecipação do exílio pleno de
encurvas-moventes, de fluxos vazadores de instabilidades hibridas): tudo
é negado sob a fecundação dos rumores démicos dos olhares recriados
pelos golpes das perspectivas, pelas peregrinações das catástrofes( a
vidraceira sente a morte de deus com suas sombras reconstruidas por
outros deuses corporificados por quem recebe a arte dos gregos____a
memória dilata-se, torna-se descomunal para regressar às desleituras
submersas da infância-livre: eis, a incerteza do seu livro mais interior
quase traduzido perante a interacção dos felídeos que ainda se
reflexionam nos intervalos da oficina)_____: milhares de acarinas tentam
mesclar minúsculas sepulturas rentes aos desfiladeiros da luzência
intensíssima que ainda revessa anonimamente as precipitações das
forqueaduras de e da vida nos pensadores fora das suas ciclicidades e
com ressonâncias uterinas sem indagação porque sofrem transladações
descentradas, indistintas onde a vidraceira questiona o mundo e perde o
rosto nas sombras cosmogónicas dos seus próprios povoamentos com
peugadas Sisífias______ela vive no abandono da sua própria morada,
libertando-se sob antiquíssimos palcos conventiculares: aqui a
vidraceira rapina a combustão dos homicidas do impensável para
transmitir secretamente clareiras inacessíveis e fricções jazzísticas
que ocasionam outros corpos xamânicos sob as mutações das recolhas
genitais da palavra, sob corredores epilépticos flexionados no pousio
dos sudários dos corvos bruscamente abalados no indizível-móbil do fogo
revelador de paradoxos e de destronamentos ininterruptos: as multidões
anónimas são projectadas o mais longe possível para a verdadeira
entonação da recusa, filha das línguas desviantes a interpenetrar na
fertilização da cerâmica epifânica onde acontecem as travessias
elipsadas da vida e as geologias expandidas do poema( vascularização e
recriação do mapa cósmico da vidraceira que coloca seus pensamentos nas
gesticulações descontínuas): obsidianas em transversalização escoam-se
no entrecorte das zimbraduras, nas azulejarias das máscaras de
serpentina para porem em risco toda a escrita da escrita fruto dos
astrólogos oxidados pelos fisionomistas sexíficos que incorporaram as
germinações obscuras do fogo nas ampulhetas do repouso castigador do
lado norte dos propulsores da mercância( sarcástico tubérculo a
fracturar horóscopos incuráveis articulados aos cadáveres plantadores de
espelhos nos unguentos de outras carcaças que latejam enclausuradas nos
gemidos das agulhas dos vultos com xadrezes estiolados nos seus
testemunhos herdeiros de nocturnos farmacêuticos)____________vestígios
trepidantes rastejam ociosos de ventres viscosos e de enervamentos das
incubações dos redemoinhos dos novos afectos_______: a sismicidade da
vidraceira vagueia com cabeças de reverberações atmosféricas, com
intersecções zoológicas que derivam das cisternas prestidigitadoras de
Prometeu, por isso sente o odor geométrico no fogo necrológico sempre
ausente de qualquer conhecimento dos enforcados, somente os espôndilos
dos círculos concêntricos saltam dos fornos em forma de máscaras de jade
e um baralho de tarot empalha os disfarces das vísceras embainhadas nas
circunvoluções dos unicórnios onde as instabilidades teátricas se
transvazam para devorarem a propagação dos sentidos do mundo:
TUDO-ESCAPA_____( o intermediário do pânico será sempre o enxofre
incombustível das chagas afrodisíacas e as amplitudes desmontáveis da
artista se dilatam e se evaporam perante os olhos do seu
território-copulador-feiticeiro incorporado permanentemente nos
fenómenos ígneos das vigílias que tentam abolir as escrituras nos
respiradouros in-transmutáveis: esta veracidade invisível faz-nos
retornar às evasões do vidro, ao lar glacial dos cânticos espirituais
onde as animais se queimam sem brilho porque levam para dentro de si
próprios uma luz-canibal inesgotável)_______inomináveis círculos de
arraia, interiormente tensionados por outra negação aberta às verrumas
de osso retraçadas entre os ensaios das vizinhanças microfísicas e as
ossadas coalhadas dos caçadores de subúrbios esporádicos( á-bê-cês
desmembram-se nas ameaças cambiantes das falanges misturadoras de
mitografias e o vidro desliza para desaparecer na sua própria defluxão):
estes efeitos im-profícuos e estas excepções exíguas de um corpo em
mudança, em sinuosidade abissal, povoam e despovoam conjuntamente os
acontecimentos do insuportável porque acreditam no resvalamento da
ética-estética em novos espaços desejantes-vivificantes, em acolhimentos
iridescentes captadores de arquipélagos desregrados e de topologias
excitatórias defrontando as renascenças das ritualizações náuticas de
loucos arenários______sim______ as forças afectivas fazem sobressaltar e
circundar as bigornas-répteis da palavra que se esvazia, se mundifica
nos talhadores de cirandas-de-vestígios para prosseguir,
ondulatoriamente até aos batentes dos desenhos da vista newtoniana: aqui
as cabeças incontáveis do poema-dos-estendais-de-vidro se abismam em
queda infinita-cromática e se entregam diferentemente ao corpo das
calefacções de efígies, assim, as inversões da penas de Quetzal estão
sempre inacabadas numa extensão varada e raiada sem respostas porque
desejam sustentar as luzes inevitáveis das pedras das itinerâncias com
os grunhidos das ulcerações sem destino_______ um eremita dissipador de
colapsos se greta no simulacro polifónico das coagulações
ópticas________lá vem a artéria psicotrópica da vidraceira a decifrar as
vozes restauradoras do alvoroço dos mecenas purgatoriais
( os jorros dos epigrafistas transformam os
amuletos em vórtices alucinatórios e tudo se abre no avermelhamento da
cegueira irrefreada que vê os arcos avernais nas técnicas agrícolas dos
moradores de naufrágios): é na visão escorregadia das
serpentes-entre-mundos que os poemas fortalecem a experimentação da
incompletude relampagueante, removendo fragmentos abobadados e
escadarias mitológicas no grito detalhado, subvertido e desdobrado em
todos os rostos dos escribas cosmovisionários, em todas os promontórios
narcóticos devoradores de agnições do carbono 14: oh caos coreografado
pelas variações dos silêncios das semeaduras centrífugas, das anomalias
feitas de rumores transumantes das águas de Urubamba que arremessam os
olhares-da-quase-visão-inesperada para fora de si próprios, infiltrando
as imanências dos ourives dos portos devastadores e das esferas
multifacetadas das vidraceiras nos tendões das estepes da dramaticidade
neuronal que ainda traça as escalas dos lapidadores de cordilheiras com
os istmos dos solstícios de inverno: aqui os ctônicos brotam-se no JÁ e
abandonam as orações das rosas-em-simulacro, embaladas pelos dédalos
polinizadores da vidraceira, arrancados às reservas do desapego em
retorno onde as traqueias das alegorias exploram a história de Heráclito
sob lendas encadeadas nas paixões geórgicas e nos despojos das
sinódoques : intervalos ovóides da trepanação que invade as talhadeiras
da veemência do mundo onde ninguém pertence, desensombrando os
revezamentos das cavidades do absurdo com as oportunas linhas dos
utensílios dos templos solares( turbulência dos prodígios da
transitoriedade órfica onde a aparição é feita de entrepausas do
imperceptível ): os alvos da palavra sazonada contornam as técnicas
metalúrgicas das mulheres celibatárias que absorvem completamente outras
mulheres para se derramarem no ritmo do outro: aqui, elas
circunscrevem-se, fragmentam-se com o vazio golpeado que as observa rés
ao intangível da mobilidade dos cepticismos______o horror submisso ao
zonamento do horror abre-se a todas as relatividades barrocas, a todas
as conjecturas camaleónicas entre os passadouros das rubescências
rudimentares e os códices dos Astecas em semiânimes genuflexões(
trópicos da observância adivinham os despojos lançados aos exploradores
de fotografias em despojamento, em regeneração grotesca e fundente onde
a fractalização do vidro se antropomorfiza sob cenofobias metabólicas: a
vidraceira autofagicamente escorraça-se a si própria esculpindo-se na
transitibilidade irrefreável do polimorfismo): pasmo no rumo dos pasmos
incendiários que antecipam o arrasto lutuoso das usinas dos monstros em
repetência-criativa onde há a acidentalidade absoluta de golpear,
derrubar, dobrar os conceitos-do-não-regresso sob camadas insculpidas na
interrupção do lançamento de áreas afectivas, ou serão bruxuleios
cinzelados na perscrutação dos estandartes corpóreos? Eis, a exigência
de encarnar as superfícies hibridizadoras dos escalpelos através das
travessias subterrâneas e dos discos auriculares das múmias árticas que
petrificam as manchas do encavalgamento dos olhares ainda hoje
perseguidos pelas progenitoras extintas( resgatar o irreal às alavancas
mineralógicas do irreal________sim______as curvas luciferinas das mães
mortas esmaltam e expelem os estiletes transformados em incisões
rectangulares das dores compulsivamente arquejantes sobre o vómito
anacrónico de milhares de profetas estetizadores da in-temporalização):
são boomerangues in-visíveis das cascavéis das criptas temerárias a
trilharem, a deformarem, a articularem e a tencionarem as
dimensões-texturas da fascinação renovadora de eixos repletos de
mandíbulas de coiotes e de reentrâncias em desamanho que prosseguem e
acuam aquém da possessão dos traçados da língua_____o tradutor da
vidraceira expande-se convulsivamente e dissolve-se dentro dos meios dos
choques-das-misturas( eis a densidade da deflagração a participar
vertiginosamente na imergência da matéria afectiva e das
alterabilidadees instintivas compositoras de
centopeias-de-policristais). O texto das vidraças se revela na tensão
abismal-membranar e jorra, solavanca, rebenta-se na soberania das
transformações dos plexos que esculpiram o não-dito no fulgor do
avizinhamento orgiástico, nas urdiduras e nos retraimentos faunígenos
que são em si a
lonjura-em-jogo-moldável-entre-cor-som-e-ruptura-polissémica onde tudo é
coarctado e libertado simultaneamente até à recusação dos tapamentos
mais convexos _______a vidraceira embarga-se novamente no vazio
invocante dos trilhadores de aluimentos, destruindo o seu poder de
atomizações conflitivas, porque o seu corpo magicamente fissurado pela
convertibilidade das perxinas sente as cartografias das precisões das
máscaras de OLMECA para lá de qualquer visão putrescente, para lá das
tribalizações mimicas____vive dos batimentos das crisalidações
transcorporais e dos mergulhadores de contrastes( infundir os rasgos das
caçadas adentro dos olhares compulsórios com todos as centúrias nas
margens do absurdo catapultador de animalidades plurivocálicas onde o
lapso pendular é a incandescência da fractura abdutora dos hemisférios
melismáticos do vidro que se des-cavalga ouroboricamente,
rizomaticamente nas fissões das divindades estranhadas): a desescrita
nomeia-se no inominável de si mesma, esta contraversão opaca faz da
tentativa de navegar no centro florestal do poema-VIDRO o informe
fantasmático lançado pelas línguas dos movimentos dos povos, por todas
as línguas com ressonâncias inesperadamente glamorosas, por todas as
acrobacias dos leitores atravessados por plantas alucinógenas, por todos
os gumes das espadas presentes nas fendas translatícias de todos os
basaltos negros( o cinematógrafo dentro do cinema trufaudeanamente
atinge o último sangue da gravidade das antecâmeras que levam o arbítrio
geomorfológico à equação das peçonhas dos pássaros-por-vir) : aqui, o
poema-vidro-lúbrico acontece na acoplagem de matrizes dos fascínios das
des-montagens que arietam hipóteses dentro dos reversos das memórias
depuradoras de fenecimentos iconológicos onde a receptividade
abismática, nomeia a crueldade intraduzível dos silêncios rés aos ardis
anónimos dos manufactos afrodisíacos, explorando, desfeando os infinitos
dos instantes com o esquisso da obscuridade, do ilimitado, da
esfinge__________palavra interpolada morre na zona de transição
gentílica__________( reconstruir a anterioridade do vidro-palavra com os
próprios andamentos dos lançadores de fracturas)_________sim______ a
volumetria fabuladora do poema se regermina na vesana transmutante dos
sádicos, dos narcotraficantes, dos salteadores boomerangues: incessantes
fissuras das vozes de interfaces medusantes exigindo as ressonâncias das
povoações alienígenas: são trepidações-líquidas a misturarem os
itinerários das buglossas antigas dentro de cicatrizes insubordinadas
que se elevam no vigor silente do
mundo-agressivamente-mumificado-extremado pela estética
humana-animalizante( a derrota da acusação remanesce no sobrevivente
inabordável, no resplendor da expectativa do desastre mais dançante):
tentar refazer-se na palavra ecoante, desmontável e de transposições
instantâneas que assinalam a cegueira, a ampliação dos umbrais sobre a
transversão do olhar das rendeiras alteradoras de faces, de dilemas que
nos retransformam em meias-luzes de intensidades
orgiásticas_______sim____zonas policromáticas,sempre desconhecidas,
imaginariamente tensionadas e intransponíveis______eis o derrelicção do
rebeldismo incomensurável a sobrerrestar nas ruínas das expressões do
arcano insolúvel: absorvedores das fragmentações rebatidas a insculpirem
os alcances-rupturantes do antro fantasmagórico do mundo onde o
olhar-feito-visão-indiscernível oscila entre as intersecções do
animal-vegetal-petrológico-humano, aberto à captação do imemorável, da
transversalidade do pavor que é palavra em ondeamento estrangulado e que
se expande no terror de outra palavra submergida nos percursos
sobrepostos com sinais escavados no recurso do olhar de geografias
impenetráveis( a anatomia que ainda não vemos, emancipa-nos na intensa
ebulição das cavernas-livres): eis os corpos clandestinos que se
recolheram das profligações das tumbas cósmicas e que extraem os
estilhaços da visiva à estrangulação dos anteparos labirínticos para se
transfigurarem novamente num mosaico de línguas em fracturamento, em
pistas assimetricamente entrincheiradas por gestos eléctricos: tudo é
encorpadura compacta, tatilmente afectiva entre visões insolúveis,
mostradores de crepitações e deslocamentos revolucionários aspersados
por gestações tenebrosamente regeneradas pelos avessos e pelas
bifurcações migrantes: a voz torna-se impossível, devasta-se no rastro
anterior a si própria e afecta loucamente o corpo de outra voz
semantúrgica: o poema-VIDRO acontece nesta efracção oscilante que nos
afasta e nos aproxima em potência incorporante, mudando a prolepse do
mundo para regressarmos à recusa daquilo que nos olha dentro da nossa
própria visão, enquanto intensidade rupturadora que se faz jogo modular
da alienação, se faz vida ritmicamente perseguida por todos os espaços
anteriores aos poderes heréticos, refazendo
dobradiças-dos-engolfamentos-geográficos (a desincorporação das
antecâmeras dos olhares é permanente porque somos feitos de interrupções
libertadoras de vozes rodopiantes, emancipadoras de metamorfoses
carnais,cismáticas, que in-finitizam o nomadismo do cadáver viés ao
cadáver jogador de verdades opostas que nos fazem escutar os itinerários
indecifráveis, indiscerníveis da vida sob as causas-desdizentes diante
do infinito da resistência dos epifragmas: a palavra-vidro em forma de
helminto se delonga nos gestos da denegação e se torna verbalizável na
dança paradoxal dos gritos-em-eclipse: o poema-da-vidraceira sobrevém no
corpo instável, no alicerce vertiginoso e é estranhamente,
concomitantemente compacto e translúcido, vivendo na imanência
placentária, nas arestas da elasticidade do nada, na expansão
imunológica, na recolha de um caos tacteante que esquece o conhecimento
em forma de catástrofe, em planos de procriação de raias do diáfano onde
se desmantela a ferida-língua entre as lousas das transpassagens e os
reflectores transterritorializantes__________o poeta desaparece sempre
na tentativa de transformar a geometria materna, de buscar a opticidade
inelutável, os triângulos-tetaedros por meio de camadas cibridas( a
experiência circula na ficção injectada de sangue e o corpo seduz a
rejeição da loucura, enlouquecendo no desconhecido dotado de presenças
prometidas à elasticidade cerebral) : a língua, o poeta, o vidro e a
palavra respiram em traço-do-traço-entre-traços, em não-pertença porque
há a urgência da autonomia da desorientação: os miradouros abrangem a
recusa da palavra, extraem composições informes e arrancam os rostos ao
macaréu dos eclipses que alargam sombras no fulgor do poema-vidrado para
o retirar da sanguinidade da língua e o circundar nas
probabilidades-criadoras de zonas sulcadas pelos desvios espaciais onde
descampa a reinvenção do pensamento sob formas de
combinações-moxinifadas-fugidias: estes traços-olhares transpõem os
silabários dos parasitas-predadores que habitam na solidão da oficina
dos falares perdidos, do texto-quase-vivente, sempre em decomposição
estocástica________ a fala projecta-se longe de si, para se transgredir
indeterminadamente e transpor sonâncias, tumultos através do
designer-musical-desfocado: este murmúrio desordena as raias da escrita
sem repouso e o texto-da-vidraceira é em si a mutabilidade, a
fluxibilidade, a incurabilidade que se regermina nas forças indistintas
do devir da cisão que vive dentro de nós caçando latitudes e longitudes
tremendamente fosforescentes: é nos intervalos-moventes do texto que o
corpo dança com os fenómenos das luminárias no dorso e se abre à
tradução do mundo, às distracções da imanência, aos jogos da mestiçagem,
ao instigador de contágios( olhar o vido olhado): pospecção e
irradiações de forças esteticamente captadoras de visões-misturadas que
se autonomizam do e no corpo para se extraírem a si próprias e
repulularem entre experimentações biológicas-cosmológicas da
escritura-sem-origem, convertendo o leitor-da-vidraceira na aventura
violenta da palavra, na transmutação cúbica dos devaneios( rastros das
perspectivas): são as multiplicidades de inversos experimentadores de
batentes comutativos a fluírem na matéria-espiritualizadora______a morte
destacada faustosamente e os encalços transformam-se em signos
infractores-interditos sob a metamorfose dos rumores petrificados pelos
golpes mágicos da espera de quem nunca vem_____golpes que trilham
espirais infinitas alicerçadas nas palavras mutiladas porque se urdem
intensamente a si próprias: esperar nas encurvas dos nervos os
arremessos dos fazedores de fogo onde recomeçam os contrastes da vida
como calamidade espontânea-criativa aproximando o vácuo da palavra de
quem não vem, de quem se deflagra na fronteira estranha, na nas
vizinhanças das visões em colapsos penetrantes que nos fazem sustentar o
redobramento das disrupções sobre um poema-VIDRO em intermitência
diametralmente quase-circular, quase mercurial porque a inferência é
roubada à obscuridade transmitindo-nos a expiração glacial: vejam, o
poema dentro da vidraceira a acontecer na erosão das forjas imprevistas
herdadas das transfronteiras mitopoéticas e dos génios das incertezas
que jamais escaparão ao fogo espontâneo das feiticeiras: assim a
vidraceira viverá inapreensível e será círculo de uma experiência
contínua, projectando sempre seu espaço de incompletude no enxofre da
luz primitiva nos nossos olhares: eis, o emaranhamento das passagens
adversadas, infinitamente flutuantes, incomensuravelmente
neurotizantes_______a perplexidade das falanges variáveis continuarão a
fazer parte das catástrofes sensoriais como um recomeço dos derrames
dentro da vastidão que nos colocará sempre nas travessias suspensas sem
pontos, sem linhas, sem fisionomias____estomas vulcânicos____: o
algoritmo do olhar é já o vidro em brasa paradoxalmente esfericizado
pelo excesso e pela expansão da memória contrariando, invadindo as
resinas das vedações dos deuses que devoram deuses____a vidraceira é a
própria ciranda da perda, esboçando-nos na falha plurímoda onde as
rotações do jogo das forquilhas e das lâminas de silex nada dizem,
sentimos o povoamento da clandestinidade dos pontos de luz e de quem
acumula em si os desejos incendiários dos animais: esta transgeografia
de um fogo imperceptível que atravessa o útero insuspeito do mundo da
vidraceira, tornando-a inumanamente alucinante: esta tensão eruptiva que
se apropriou invisivelmente de nós em tempos de barbárie
fecunda_____________esta gestação de dobraduras do nomadismo imensamente
escultórico e incontrolável, aspergindo golpeaduras eruptivas, cisões
metamórficas dentro dos mosaicos das sensações narcóticas puramente
incorporadas na vidraceira de loucuras acústicas onde tudo se desagrega
e é prolongado para as cirandas da transcodificação das tatuagens: a
vidraceira do fogo remove as cordas dos vestígios com as múltiplas
ressonâncias da supremacia felídea, com as sonoridades das flamâncias
que solidificam as latências selváticas entre as espessuras infractoras
dos escaladores de espelhos oblíquos _______ela sempre ocasionou
obscuramente a desordem criativa do fogo até ao rebentamento de todos os
ensaios de quem acrescenta plausibilidades à visão, à tentativa do
impalpável, às consequências galopantes das relações
perceptivas________as córneas da vidraceira fecham os olhos de quem se
aproxima e atravessa-os iluminadamente tacteando todas as manchas
geométricas que passam no vazio, no reentrante da agramaticalidade que é
em si um acossamento das ruínas a oscilar nos meios das rendeiras
cósmicas: o esvaziamento jamais cessará na esteticidade do fogo das
vidraceiras filosóficas que colocam nos nossos olhos tudo aquilo que o
vazio vê…
Luis SERGUILHA
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