P/ Cláudio Willer
Anjos
de neon vagam na cidade desolada
Carregando tochas & willers
Peãs
& marijuana
Para
desfazerem o mal
Sombras se arrastam fugindo da poesia
Que
emerge nuvem na avenida
Semáforos recitam Ginsberg
Em
intermináveis recitais de luz
Júbilo da terra rompe o asfalto
Ó
inverno de almas
O
poeta decifra sinais
Do
cais da eternidade
Dos
nomes dos deuses
Das
pegadas do Buda
Em letreiros & outdoors
Carros tristes cantam hinos a Mamon
O
poeta se despe das sombras
Abraça o tempo e diz
Sim
São Paulo, 03 de julho de 2014
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