Clácsons retumbam pérfidos nas ruas;
Ódios tenazes, n’almas retransidas.
Deus meu! Secai as lágrimas tão cruas,
Ingratos tais quinhões de ignotas vidas;
Genócidas as tom(b)am, como suas,
Onde as campas recebem-nas floridas.
Do(l)entes nas lamúrias dos sequazes,
Estribam-se esperanças pertinazes.
Tormenta qu’estraçalha os paus-brasis
Releva, em teus malíssimos agires,
Ânsias que – em duplas vias nas quais is
Nascendo –, sempre empecem de as ouvires.
Sequiosos de justiça, ainda que em gris,
Incólumes não ‘stão; e se os remires?
Tratar destes teus dolos é preciso;
Oblívio não se amostre aqui, Narciso.
Barganhas taciturno-faustianas
Rebentam nas frementes madrugadas;
Asperges teus liquores às ventanas,
Serpeias tuas ignóbeis, maniatadas
Ideias: ébrias, sóbrias, mesmo insanas;
Levitam leviatãs nas já alquebradas
Escarpas, que te mostram deletérias
Imagens permeadas de misérias.
Revê tua ignomínia contumaz;
Ouve isto agora, e diz se o quererás.
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