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EU?!
Uma coisa são os vivos;
outra sou eu:
película sensível rompida
eco da queda do frágil
limalha desbastada da existência
Se me chamam, passo ao largo
será para mim mas não deve
que eu nunca estou nem sou
Se alguma coisa tivesse com que ser parecido,
seria um homem cuja alma
esfarelaram como pão
para os pombos da praça
Talvez tenham razão em o ter feito
— esfarelar-me a alma —
Então?... sempre a querer ir-me embora,
agarrar-me a cada pássaro que descola
ou chorando cada gota de chuva...
Se alguém me ama, que me entenda e me prenda
senão um dia eu vou-me embora
pelo ralo mais impróprio da Morte.
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Teixeira Moita
(Portugal)
Na área de Literatura, foi premiado em Portugal, Alemanha e Espanha com
textos para Teatro e Guionismo. O Teatro Independente de Loures tem
levado à cena, em Lisboa e várias localidades do sul do país, peças de
teatro do autor; bem como a companhia RaspuTeam (Teatro Universitário do
Minho) o fez em Braga e outras localidades; e assim como a companhia
Tulipa Teatro, de Lisboa. Escolas de Drama e teatros independentes dos
Estados Unidos, Paquistão, Tailândia, Brasil e Jerusalém têm
representado textos do autor. Publicou livros de Teatro e Contos. Criou
e apresentou performances multidisciplinares apresentadas em Lisboa (SPA)
e Porto. Encontra-se publicado em colectâneas de Teatro, Poesia e Prosa
em Portugal, nos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Inglaterra, Espanha e
Índia. A Pintura também é uma das suas expressões, tendo já exposto
colectiva e individualmente. Na Música participa em projectos de Música
Contemporânea Improvisada.
www.teixeiramoita.tk |