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        | REVISTA TRIPLOVde Artes, Religiões e Ciências
Nova Série | 2011 | Número 14
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        |  |     Retrato de Percy Parrish  Percy Parrish nasceu em 1884 em Dewsbury, no condado 
		de Yorkshire, Inglaterra. Aqui obteve a sua formação técnica base, na  
		Dewsbury Technical School, seguindo depois o Huddersfield Technical 
		College e por último a Universidade de Leeds. Em 1900 era químico na J. 
		Brown & C.º, Ltd (Dewsbury); director-geral e químico na Eaglescliffe 
		Chemical Company’s Work em 1914, e em 1915 director das fábricas de 
		amoníaco e de ácidos da South Metropolitan Gas Company em East 
		Greenwich, posição que manteve até ao final da sua vida. Foi eleito 
		membro associado do Institute of Chemistry em 1918 e “fellow” em 1931. 
		Parrish foi autor de diversa bibliografia científico-técnica sobre a 
		manufactura dos adubos químicos, do ácido sulfúrico e do amoníaco, o que 
		o tornou na época uma referência de renome internacional. Morreu em Maio 
		de 1947, aos 63 anos de idade. Foi a empresa do seu genro, The Chemical 
		Plant and Sulphur Extraction Co., Blackheath, London quem assumiu a 
		continuidade de alguns dos seus contratos com a CUF, Companhia União 
		Fabril. |  
        | EDITOR | 
		TRIPLOV |  |  
        | ISSN 2182-147X |  |  
        | Dir. Maria Estela Guedes |  |  
        | Página Principal |  |  
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							 | ISABEL CRUZ Aspectos de transferências de 
							tecnologia: 
			 a consultadoria de Percy Parrish na CUF, 
							Companhia União Fabril (Anos 40 do século XX) |  
            | Comunicação em 
			poster apresentada na 6.th International Conference on the History 
			of Chemistry, “Neighbours and Territories; The Evolving Identity of 
			Chemistry”, realizada sob os auspícios da EuCheMS em Leuven, 
			Belgique, de 28 de Agosto a 1 de Setembro de 2007. Versão inglesa 
			acessível no website da conferência, em
			
			http://www.6ichc.be. Agradece-se a revisão dos textos ao Eng. José Miguel Leal da Silva.
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        |  |   O início da colaboração de Percy Parrish na CUF Dados até à data recolhidos, permitem supor que a 
		colaboração de Percy Parrish como consultor químico da CUF, Companhia 
		União Fabril, se iniciou pelos meados da década de 40 do século XX, 
		quando esta se preparava para por em marcha um plano de expansão 
		centrado nos adubos fosfatados. A modificação na tecnologia da produção dos «superfosfatos» 
		- gíria técnica para os referidos adubos – requerida por via deste plano 
		de expansão, com a qual se pretendia o «enriquecimento» do adubo para 
		concentrações da ordem dos 40% em P2O5 envolvia o uso simultâneo dos 
		ácidos fosfórico e sulfúrico.  Este facto, naturalmente, levou a que no complexo 
		industrial das fábricas da CUF no Barreiro surgissem dois aspectos 
		tecnológicos de 1.ª ordem: a necessidade de uma unidade fabril para o 
		ácido fosfórico (instalação que veio a ser, por sinal, a primeira a 
		nível nacional), e uma maior demanda por ácido sulfúrico. É no contexto da nova exigência na quantidade de 
		ácido sulfúrico produzido, que a CUF procura o apoio técnico de Percy 
		Parrish, uma autoridade internacional no domínio da tecnologia de 
		produção deste produto químico. A correspondência trocada entre Percy 
		Parrish e o engenheiro da CUF, Eduardo Madaíl (administrador, adjunto do 
		director técnico e comercial da Companhia desde Dezembro de 1942), em 
		meados de 1944 revela que se pretendia uma expansão do ácido sulfúrico 
		sem aumentar o número de unidades produtoras à data existentes - 3 
		grupos, cada um composto por duas fábricas gémeas instaladas lado a 
		lado, com uma média máxima de produção de 6 x 54 toneladas diárias de 
		ácido sulfúrico a 53º Bé ≈ 67% H2SO4 equivalente a cerca de 217 
		toneladas por dia de monohidrato i.e. de ácido sulfúrico a 100% (a 
		seguir designado por MHS) - e sem mudança de processo (processo de 
		nitração, usando câmaras – “box chambers” - de chumbo).  |  
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				| Fig. 1 - 
				Percy Parrish |  |  
        |  | Tecnologia do sulfúrico de câmaras: a adopção dos turbo-dispersores e 
		do sistema «Parrish» de fase líquida |  
        |  | A primeira solução apontada por Percy Parrish  foi a 
		da utilização de turbo-dispersores – um meio prático, já reconhecido, de 
		aumentar a capacidade de um sistema de câmaras clássicas, lançado por 
		Gaillard[1] e aperfeiçoado 
		por Parrish[2], que optimizou 
		valores de taxas de funcionamento - montados nos tectos das câmaras 
		paralelipipédicas das fábricas de ácidos do complexo do Barreiro 
		permitiu, dentro dos condicionalismos apontados, dar uma resposta mais 
		imediata ao problema urgente da expansão, aumentando em 30% o rendimento 
		da produção do ácido sulfúrico em relação à pirite ustulada, o que 
		significava o considerável aumento de 16,2 toneladas de ácido a 53º Bé 
		(i.e. 10,8 toneladas MHS) por dia e por fábrica.  |  
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				| Fig.2: fotografias de dois 
				tipos de «tower chambers» enviadas por Percy Parrish ao “staff” 
				técnico da CUF como exemplos de “tecnologia Parrish”, em 
				Fevereiro de 1945 |  |  
        |  | Assim, mas a título experimental, foram instalados 
		dez turbo-dispersores em duas das fábricas de ácido sulfúrico existentes 
		(a n.º 5 e a n.º 6), da seguinte maneira: 5 em cada, 2 + 2 + 1, desta 
		forma distribuídos pela 1.ª, 2.ª e 3.ª câmaras, respectivamente. Em 
		meados de 1946 funcionavam bem e com bons resultados.[3]
		 Os turbo-dispersores espargiam uma fina chuva de 
		ácido frio a 48/49º Bé (~ 59 a 60% MHS) contra as paredes das câmaras e 
		isto não só favorecia a cinética do processo oferecendo uma maior 
		interface gás/líquido às complexas reacções que culminavam na produção 
		de ácido pelo processo de nitração, como também permitia arrefecimento 
		num processo exo-energético, evitando (ou reduzindo) a necessidade de 
		sistemas de refrigeração alternativos como o da dispersão de água 
		exterior, usada nas instalações Parrish (e Mills-Packard).[4] |  
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        |  | Fig.3 – Esquemas de uma câmara de 
		chumbo clássica, tecnologia introduzida nas fábricas de ácido no 
		Barreiro pelo consultor francês A. L. Stinville no início do século XX |  
        |  |   Para além do referido 
		uso dos turbo-dispersores, foram tomadas ainda outras medidas dentro do 
		“pacote” tecnológico designado pelo próprio como «Parrish liquid-phase 
		system»: aproveitando a “influência das paredes”, facto observado, na 
		rotina das fábricas, de uma redução brusca do tempo necessário para a 
		formação do ácido a partir do momento em que nas paredes das câmaras 
		começava a surgir um filme líquido, e que este continuava a diminuir à 
		medida que o filme se estendia, atingindo um valor mínimo (logo um 
		máximo de intensificação do processo) quando toda a superfície estava 
		molhada[5], Parrish promoveu 
		a divisão de algumas das câmaras existentes, de forma a aumentar a 
		superfície de contacto entre componentes do sistema reaccional.  Desta forma se passava, 
		em cada fábrica, de um conjunto de três grandes câmaras para um outro de 
		cinco câmaras consecutivas, onde duas delas eram resultado da divisão de 
		duas anteriores de maiores dimensões – um novo arranjo que mais se 
		aproximava ao modelo de «tower chamber» preconizado por Parrish. Esta 
		inovação foi efectivamente adoptada, e por meados de 1948 todos os 3 
		grupos de fábricas já funcionavam com este tipo de alterações, mas não 
		muito bem, essencialmente devido a uma má mecânica dos turbo-dispersores.[6] Ainda fazendo parte do 
		conjunto de medidas necessárias à aplicação do seu  sistema de fase 
		líquida, referem-se outras “demarches” de aconselhamento de Parrish que 
		foram concretizadas nas fábricas de ácido sulfúrico da CUF no Barreiro, 
		tais como:     . reavaliação do 
		funcionamento dos Glovers, na perspectiva de um possível 
		redimensionamento;    . funcionamento de um 
		forno extra para pirites (o 5.º forno) em cada fábrica de ácido;    . aumento da 
		capacidade da ustulação de 7,5 para 9 toneladas de pirites queimadas por 
		dia, em cada um dos fornos existentes com algumas alterações na sua 
		concepção;     . alteração do 
		sistema de alimentação e da trajectória do minério, nos fornos mecânicos 
		de andares (que eram os utilizados nas fábricas de ácidos do Barreiro), 
		de forma a  evitar o “short-circuiting”.[7]  |  
        |  | Outras iniciativas de Percy Parrish nas fábricas da 
		CUF |  
        |  | Concentração e purificação de ácido sulfúrico |  
        |  | Para lá do importante protagonismo assumido por Percy 
		Parrish como consultor da CUF, até à data do seu falecimento, em Maio de 
		1947 – em particular no respeitante à intensificação de processos - a 
		tecnologia de câmaras mantém-se como a solução escolhida para todos os 
		passos seguintes da expansão da produção do ácido sulfúrico na 
		Companhia. Esta opção prevaleceu até ao momento em que exigências de 
		mercado obrigaram a um ácido concentrado isento de ferro. Então, em 1950 
		uma primeira e pequena instalação de ácido sulfúrico por contacto, em 
		grande parte ainda projectada por Parrish, entrou em funcionamento para 
		a produção desse ácido destinado a novos sectores de mercado. Contudo, 
		somente em 1952, com uma segunda instalação de ácido sulfúrico por 
		contacto, erigida quando a CUF se iniciou na produção de fertilizantes 
		azotados, se verificou um passo decisivo no aumento da capacidade da 
		produção de ácido sulfúrico através da via “ácido por contacto”. E, na 
		verdade, entre as duas primeiras fábricas de ácido sulfúrico pelo 
		processo de contacto na CUF, um aumento adicional de capacidade foi 
		feito reproduzindo ainda, como módulo, o conceito existente de fábricas 
		de câmaras. Parrish estudou ainda outras questões, resultantes de 
		exigências internas para um fornecimento de ácido mais puro e mais 
		concentrado. Para além do ácido a 53º Bé, produzia-se também nas 
		fábricas do Barreiro ácido pelo processo de câmaras 60º Bé e 65/66º Bé 
		ordinário, 65/66º Bé com 92% monohidrato e 65/66º Bé purificado (este 
		último possivelmente apenas desde 1945), o que permite constatar 
		claramente que estiveram presentes desde bastante cedo neste complexo, 
		as tecnologias de purificação e concentração do ácido produzido pelo 
		processo de câmaras.[8] Em 1945 a Companhia adopta uma «Concentração Parrish» 
		(designação usada nos círculos internos) que aparece no contexto da nova 
		fábrica de ácido fosfórico, para produção de adubos fosfatados 
		concentrados («superfosfato-triplo», também uma terminologia doméstica). 
		Como eram necessárias cerca de 70 toneladas/dia de ácido sulfúrico a 60º 
		Bé (78%), i.e. cerca de 55 toneladas/dia de MHS, e como as cinco 
		unidades Kessler existentes, podendo produzir diariamente 3,5 toneladas 
		de ácido a 65/66º Bé (i.e. 3,2 toneladas MHS) por concentrador, ou seja 
		um total de 17,5 toneladas de ácido 65/66º Bé (i.e. 16,1 toneladas MHS), 
		correspondendo a 20,5 toneladas de ácido a 60º Bé, já não cobriam por si 
		só estas necessidades para o ácido fosfórico e, desajustadas à 
		concentração do ácido não muito alta a que se pretendia chegar em grande 
		quantidade, nem sequer asseguravam a economia do processo.[9] 
		A instalação no Barreiro da “Concentração Parrish” sofreu largamente com 
		o desaparecimento do seu projectista, prolongada por várias prorrogações 
		de prazo, devido a atrasos na entrega de material refractário e 
		anti-ácido enviado do estrangeiro. A instalação em questão só estava 
		pronta a funcionar em Julho de 1952.  É também do mesmo ano a instalação de uma 
		desarsenificação TREPEX, purificação “Parrish”, da Chemical Plant & 
		Sulphur Extraction Co.; em 1944 existia um projecto da CUF em andamento, 
		para desarsenificação por precipitação do arsénio com sulfureto de bário 
		– quem responde por ele é o Eng.º Cabral. O sr. Parrish propõe 
		entretanto um processo mais barato (utilizando-se um desarsenificador “TREPEX”), 
		com obtenção de sulfureto de arsénio mediante precipitação com H2S 
		(localmente obtido durante o processo) – este processo entrou em 
		funcionamento na CUF em Abril de 1945.  |  
        |  | Resíduos e aproveitamento de sub-produtos |  
        |  | Já desde o início do funcionamento do complexo da CUF 
		no Barreiro, nos princípios do século XX, que a questão do que fazer com 
		os resíduos do funcionamento das várias fábricas se colocava. E se bem 
		que, de acordo com as práticas comuns na época (que foram entretanto 
		sucessivamente melhoradas durante a vida do complexo), parte destes 
		fosse “dispersa”, também é verdade que a sua maior parte, tais como as 
		cinzas de pirite lixiviadas (o “purple-ore”), as lamas de sulfatação 
		oriundas das câmaras de chumbo, as poeiras da ustulação das pirites 
		removidas dos precipitadores electrostáticos (electrofiltros), o gesso 
		proveniente da produção do ácido fosfórico, crescia incessantemente 
		acumulando-se em áreas determinadas – uma solução que de forma nenhuma 
		poderia ser tomada como definitiva. Assim sendo a preocupação em encontrar outras vias 
		para a eliminação das matérias residuais do complexo e do Barreiro 
		originou diversos tipos de acordos-permutas que permitiram, por exemplo, 
		o escoamento das cinzas de pirite após terem sido lixiviadas para 
		remoção de cobre nelas contido, por exportação contra o fornecimento de 
		aço para a CUF,[10] ou das 
		lamas das câmaras de chumbo (praticamente apenas o sulfato 
		correspondente) em troca de suprimentos de lingotes de chumbo. Se o 
		primeiro acordo referido poderá ter terminado na vizinhança da II Guerra 
		Mundial (extensão e periodização exactas ainda a determinar), o segundo 
		deverá ter cessado bastante antes (~1924) devido ao problema do conteúdo 
		em bismuto no chumbo, que se transmitia às lamas de sulfatação e as 
		inviabilizava para reciclagem de chumbo destinado aos acumuladores. O 
		facto era, que sem exportações, as cinzas e as lamas continuavam a 
		crescer em grandes montões no território das fábricas sem um fim de 
		aproveitamento à vista (ainda que tenham sido adoptadas soluções 
		“domésticas” que permitiram contornar a situação durante os anos 50).
		 Em 1945, pelo menos 200.000 toneladas de cinzas de 
		pirite lixiviadas já tinham sido produzidas, e constituíam um tremendo 
		problema tecnológico, cuja extensão naturalmente aumentava à medida que 
		a expansão dos fabricos e a intensificação dos processos avançava.  Não admira, por isso, que esta fosse uma vertente 
		contemplada na relação de consultadoria de Percy Parrish na CUF, que a 
		seu propósito realizará determinado tipo de intervenções – muitas delas 
		centradas na questão do aproveitamento do chumbo - no sentido de 
		encontrar novas soluções para ela. Relativamente às cinzas lixiviadas, 
		Parrish procurará encontrar outros clientes, oferecendo-se 
		inclusivamente para intermediar uma versão mais actualizada de um acordo 
		para ser negociado com a Inglaterra visando um potencial mercado 
		consumidor.[11] A partir de 1945, a colaboração de P. Parrish foi 
		também solicitada no sentido de se encontrar soluções para as poeiras 
		dos electrofiltros, fazendo uso essencialmente do seu conteúdo em 
		chumbo. Em 1946 Parrish informou a CUF que se encontrava a desenvolver 
		um processo para recuperação do chumbo das poeiras dos electrofiltros. 
		Contudo, o processo não teve o desfecho esperado, muito possivelmente 
		devido ao falecimento de Parrish. O seu interesse na recuperação de 
		chumbo das cinzas de pirite também não frutificara em factos 
		significativos, um resultado que Parrish associaria ao estado 
		químico-mineralógico da espécie presente. Ambos os exemplos (cinzas lixiviadas e poeiras dos 
		electrofiltros) serão posteriormente assumidos e tecnologicamente 
		resolvidos nos anos 50/60 na CUF-Barreiro, com o conceito aperfeiçoado 
		de recuperação integrada trazida pela instalação “TCP” (de “Tratamento 
		de Cinzas de Pirite”) e pela metalurgia dos metais não-ferrosos. |  
        |  | O lugar de Percy Parrish nas fábricas da CUF |  
        |  | Mostraram-se aqui algumas das intervenções 
		tecnológicas mais representativas da acção de Percy Parrish como 
		consultor químico das fábricas do Barreiro, desde meados de 1944 (altura 
		em que se acredita ter sido solicitado pela CUF) até Maio de 1947 (data 
		em que cessou a sua colaboração). Ficaram de fora outras não menos 
		importantes, como por exemplo as que permitiram modernizar o fabrico do 
		sulfato de sódio e do ácido clorídrico, a instalação de uma fábrica de 
		ácido fosfórico e o apetrechamento das fábricas de ácido sulfúrico com 
		diverso tipo de aparelhagem analisadora e registadora, para controle 
		ambiental e de qualidade do produto final. É também muito visível o 
		papel de Parrish na coordenação entre a CUF e as empresas detentoras de 
		«know-how» e de equipamentos, agindo como elo de ligação, intermediando 
		os processos das encomendas realizadas, mexendo em praticamente todos os 
		aspectos técnicos. E se Stinville foi o consultor - fundador da obra 
		tecnológica, ao projectar a matriz base fabril do “cluster” inicial (e 
		que acompanhou ainda em parte no desenvolvimento subsequente para 
		complexo químico-industrial), mantendo o diálogo decisivo com a CUF 
		essencialmente dirigido para a figura do seu patrão, Alfredo da Silva, 
		Percy Parrish foi o «consultor da expansão» que conduziu os fabricos 
		existentes a melhores níveis de performance dentro do mesmo paradigma 
		tecnológico, numa troca de correspondência onde a figura do engenheiro 
		Eduardo Madaíl era o pivot entre a decisão e a execução, e o 
		interlocutor técnico-científico privilegiado.  |  
        |  | Referências e bibliografia |  
        |  | “Chemical Age”, 7 de Junho de 1947 
		Documentação da ex-DQIM, Divisão de Química Inorgânica e 
		Metais. Arquivos da CUF/QUIMIGAL “L’Industrie Chimique”, N.ºs de Agosto de 1954 a 
		Novembro de 1956 MACKIE, R.; ROBERTS, G. (2002) – 
		Career Patterns in the British Chemical Profession during the Twentieth 
		Century (XIII th Economic History Congress, Buenos Aires) |  
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        |  | Isabel Cruz (Portugal)Grupo de Trabalho dos Arquivos da CUF/QUIMIGAL
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        |  | © Maria Estela Guedesestela@triplov.com
 PORTUGAL
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