UM DEUS INTERIOR QUE ABRASA
O NOSSO CORAÇÃOO silêncio é uma hóstia que se comunga
Quando, à noite, o mundo do sonho
É apenas nosso, e tudo o que é desmedido e beleza íntima,
(A mais íntima a tudo o que está imerso
Na sua verdade ofuscante, a tudo o que é sublime
Na sua luz infinita, na sua comoção de lágrimas intemporais),
É um jardim do invisível latejando cor transcendente e pura.
O silêncio é um riso alvo da primavera da nossa alma,
Que comungamos, quando o ruído, o caos e o ódio,
Foram afastados do lugar onde o poema intacto é
Plenitude de amor a tudo, e um Deus interior
Circular por veias cheias de estrelas de uma luz secretíssima,
Que vela para que não seja violada a beleza daquele sol místico
Que abrasa o nosso coração. |